Mais de 80 estudantes e pesquisadores que fazem parte do CINE participaram, na tarde do dia 1º de dezembro, de um workshop que gerou importantes reflexões sobre segurança e saúde mental no ambiente de trabalho. O evento foi realizado em formato híbrido, na FEEC-Unicamp e online, e contou com patrocínio da Shell.

De acordo com o coordenador de Saúde, Segurança e Meio Ambiente do CINE, Mateus Giesbrecht, esses três assuntos são muito importantes para todas as organizações, mas, na correria do dia a dia, não costumam ser abordados. “O workshop foi um momento muito importante em que todos paramos para discutir esses temas, inclusive, trocando boas práticas que já são realizadas dentro dos programas do CINE”, conta Mateus, que coordenou a organização do evento.

“Saí com a sensação de que todos somos responsáveis por construir diariamente uma cultura de segurança e bem-estar”, diz a pós-doutoranda Raissa Venâncio, que participou presencialmente do workshop.

A primeira parte do evento consistiu em uma palestra sobre saúde mental, proferida por Maurício Souza, médico que lidera a área de Saúde da Shell no Brasil e parte da América Latina. “A palestra sobre saúde mental trouxe reflexões importantes sobre como o fato de cuidar de nós mesmos impacta diretamente nossas relações e o ambiente de pesquisa”, diz Raissa.

Depois disso, a Shell trouxe para os os membros do CINE a proposta do Safety Day (Dia da Segurança), iniciativa criada para reforçar a cultura de segurança na empresa e nos projetos dos quais participa, e que, neste ano, teve como tema “How I respond matters” (“A forma como reajo importa”). A reflexão sobre esse assunto foi subsidiada por apresentações de Camila Brandão, gerente de Programas de Tecnologia em Energia Renovável da Shell e vice-diretora do CINE, e Sindelia Azzoni, pesquisadora na Shell.

A ideia foi mostrar que é possível ter uma postura madura frente a problemas e falhas do cotidiano, sem apontar culpados nem gerar punição ou vexame e, ao mesmo tempo, disseminando amplamente os aprendizados. “Precisamos ter tolerância zero com situações que podem pôr a vida de pessoas em risco, mas também devemos extrair o máximo de lições úteis ao coletivo a partir de um evento que teria o potencial de ser catastrófico, gerando o melhor ambiente psicológico possível para garantir que as pessoas continuarão a se sentir seguras ao apontar problemas e relatar os próprios erros”, explica Camila.

Ao opinar a respeito do Safety Day, a participante Raissa diz: “Gostei especialmente da abordagem voltada à comunicação e como pequenas ações e alinhamentos prévios podem evitar riscos e tornar o ambiente mais acolhedor e eficiente.”

Para Camila Brandão, o workshop deverá impactar a rotina de segurança do CINE. “Acima de tudo, o evento levantou a importância de cuidarmos uns dos outros e entender que o que ocorre com um afeta o outro”, diz a vice-diretora do centro.