Diretora do CINE participa de painéis da COP30 em Belém
Ana Flávia Nogueira, professora da Unicamp e diretora do CINE, protagonizou uma série de eventos na COP30, a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que reuniu representantes de 194 países e cerca de 300 mil visitantes na capital do Pará entre os dias 10 e 22 de novembro.
“Foi muito interessante vivenciar a convivência extremamente amigável de povos do mundo inteiro e dos nossos povos indígenas, levando as suas culturas através das suas vestimentas e línguas”, comenta Ana Flávia.
A cientista foi convidada a formar parte do grupo de embaixadores do Itaú, que é parceiro do CINE. Nesse contexto, Ana Flávia atuou como debatedora em duas mesas redondas sobre minerais estratégicos e descarbonização do transporte, respectivamente. Além disso, ela foi moderadora em um painel de discussão sobre o papel dos biocombustíveis na arquitetura global da transição energética, o qual contou com a participação de Adnan Amin (CEO da COP28 e ex-diretor geral da Agência Internacional de Energia Renovável), Luciano Resner (diretor de Design e Engenharia da Marcopolo) e Nili Gilbert (vice-presidente da empresa Carbon Direct). Antes do início da COP, Ana Flávia também participou de debates pré-evento, realizados na cidade de São Paulo pelo Itaú.
“A partir da minha participação na COP, vejo que o CINE deve se manter como centro de pesquisa de excelência na área de transição energética e sustentabilidade, além de participar mais ativamente das discussões sobre esses temas”, diz a diretora. “Também ficou claro para mim que temos que atuar com mais força em biocombustíveis, que é uma área que o Brasil tem condição de liderar”, completa.
A COP30 contou com a presença de representantes dos governos e da ONU, cientistas, líderes empresariais, ONGs, ativistas, jornalistas e outros membros da sociedade civil. O evento foi dividido em dois principais setores: a Zona Azul, onde ocorreram as negociações e reuniões oficiais dos países, e a Zona Verde, espaço de eventos abertos ao público, promovidos por ONGs, empresas e acadêmicos.
No final do evento, 29 textos foram aprovados por todos os países presentes dentro do Pacote de Belém, voltado principalmente para os temas da transição energética justa, o apoio financeiro e a adaptação aos efeitos das mudanças climáticas nos países em desenvolvimento. A principal crítica à COP30 foi a ausência de um roteiro para terminar com a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento.
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Ana Flávia Nogueira
UNICAMP
